quinta-feira, 19 de julho de 2012

VANTAGENS E DESVANTAGENS NO USO DE MAMADEIRA E CHUPETA!

Seu filho nasceu e o processo de adaptação entre mãe e filho parece interminável, isso realmente ocorre devido à maturação da criança, cada período requer atenção e cuidados ao longo dos anos.
Uma questão que sempre está presente e é de extrema importância para o desenvolvimento do sistema oral da criança é quanto ao uso de mamadeiras e chupetas. Inicialmente o bebê sente uma necessidade enorme em sugar, principalmente no primeiro ano de vida, mas isso não significa que a chupeta seja essencial.
Muitas vezes, a criança é inquieta e apresenta grau de irritabilidade elevado, daí então, fica uma dica a fim de melhorar esta situação, a mãe desta criança pode deixá-la chupetear um pouco mais seu seio para saciar sua necessidade de sucção.
O uso da chupeta em questão não é tão maléfico, há alguns benefícios como, por exemplo, estimulação da musculatura oral; com o uso da chupeta a língua não fecha as vias aéreas posterior; além de manter a criança em estado de alerta; Além disso, é através da boca que o bebê explora o mundo, esta fase se chama sensório-motora, pega um objeto e coloca em sua boca, e mais, a chupeta é uma forte aliada contra a ansiedade. Porém, a melhor escolha da chupeta é pelo bico ortodôntico, da qual o bico é achatado e voltado para o céu da boca, permitindo o posicionamento correto da língua, os lábios podem ser tocados e não empurra os dentes superiores, enquanto, o bico tradicional de “bolinha”, faz com que a língua fique rebaixada, a boca entreaberta, causando prejuízos musculares, na fonação e na oclusão (em relação aos dentes).
O ideal é usar a chupeta até dois anos e meio de idade no máximo, visto que até então seu uso deve ser exclusivo no período noturno, e assim que a criança pega no sono a mãe pode retirá-la de sua boca, e também não permitir o uso durante o dia, pois o uso prolongado pode causar prejuízos como enfraquecimento da musculatura da face, alteração na arcada dentária, respiração bocal (o correto é respiração nasal), e principalmente, a chupeta pode incentivar o desmame precoce, já que pode se acostumar com a sucção não nutritiva.
Em relação à mamadeira, como diz o ditado: MAIS VALE UMA MAMADEIRA FELIZ DO QUE UM SEIO ESTRESSADO, isso realmente é válido, embora, todas as mães conhecem os benefícios do aleitamento materno, infelizmente há algumas mães que não conseguem amamentar em seu peito, ou por falta de leite ou por falta de adaptação. Assim sendo, há algumas vantagens em utilizar a mamadeira, tanto com o leite materno em que a mãe armazena seu leite para poder trabalhar, por exemplo, como usando o leite industrializado. As vantagens são muitas como na divisão das responsabilidades com o pai, muitas vezes o pai pode sentir enorme prazer em poder dar mamadeira para seu filho; além disso, a mãe pode se sentir mais livre, sem se preocupar em trabalhar e abandonar seu filho, ou deixar com alguém que pode oferecer a mamadeira; a mãe consegue dormir um pouco mais, já que outra pessoa pode dar o leite; e não existe frustração em publico, muitas mães se sentem desconfortáveis em tirar seu seio em publico para amamentar.
Porém, há algumas desvantagens também, quando compramos a mamadeira, ela vem com o furo determinado, e o que muitas vezes ocorre? A mãe corta o bico aumentando seu tamanho para o leite sair mais rápido e o bebê não precisa fazer tanta força... Esta é uma atitude incorreta, pois o bebê faz muito esforço para mamar no seio e não seria diferente na mamadeira, seu esforço é ideal no desenvolvimento da face e se o furo estiver maior, esse desenvolvimento fica alterado, além disso, a criança pode ter a necessidade nutricional suprida, mas, fica difícil suprir a necessidade de sucção, ocorrendo assim, sucção descontrolada em suas mãos, depois polegar.
A título de curiosidade, a posição correta para dar mamadeira é em pé (ereta), pois a tuba auditiva tem posição horizontal e tal posição evita o escoamento de leite para o ouvido, evitando otites de repetição.

A relação entre a mãe e seu filho deve ser o mais prazeroso possível, e isso não requer uma ordem correta, cada mãe possui sua experiência diária e consegue discernir o que é melhor para seu filho, a amamentação deve ser primordial, mas se por algum motivo essa experiência foi frustrada, o melhor é se reajustar e se adaptar corretamente com seu filho.

Não podemos perder o bom senso, se seu filho estiver com dificuldades para se desligar da mamadeira e/ou chupeta, procure um profissional nesta área, ele pode orientar uma situação de desligamento sem constrangimento para a mãe e para o filho.


Fga Renata Muniz
CRFa 15565

domingo, 29 de abril de 2012

PORQUE AMAMENTAR???


Uma das etapas pela qual a maioria das mulheres passa é a gravidez, neste período é muito importante a futura mamãe ler e aprender sobre a amamentação, pois, o que ocorre muitas vezes, é a desistência de amamentar por falta de prática, de conhecimento e de apoio.

Atenção: não existe leite fraco. Todas as mães produzem leite materno suficiente para seu filho, a sua composição é feita de vitaminas, água, proteínas, gordura, açúcar e o mais importante, ele contém anticorpos e glóbulos brancos cujo leite em pó não possui.
O leite materno protege o bebê contra vômitos e diarréia, otites, meningite, alergias e infecções variadas.
Além disso, ele oferece vantagens para o bebê como, por exemplo, no desenvolvimento oral da criança, proporcionando um equilíbrio entre arcada dentária e língua, aumenta a ligação afetiva entre mãe e filho, etc, também oferece vantagens para a mãe como, por exemplo, na amamentação ocorre perda de calorias facilitando a voltar ao peso antes de engravidar, o útero volta ao seu tamanho normal rapidamente, e a praticidade acima de tudo, afinal, não precisa lavar mamadeira, esquentar o leite, ele já está pronto! E finalizando, o aleitamento materno também oferece vantagens para a família como, por exemplo, financeiramente, colocando na ponta do lápis os gastos de latas em pó durante o mês, observamos grande economia se for alimentado com o leite materno.

Vale lembrar que: o bebê que se alimenta no seio materno estimula: a respiração nasal, os músculos que participam da fala, e as funções responsáveis pela sucção, mastigação, e deglutição.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso exclusivo da amamentação até os seis meses de idade, depois disso, acrescenta-se bebidas e comidas e mantém o leite materno até pelo menos dois anos.

Entretanto, se o bebê for prematuro, pode ocorrer a falta de maturidade para sucção e consequentemente resultará na dificuldade de amamentar, aqui a presença de um(a) fonoaudiólogo(a) pode auxiliar nesta etapa, estimulando o bebê e orientando a mamãe.

Descreverei alguns dos vários mitos sobre a amamentação:
*Meu leite é fraco – como já relatei anteriormente, não existe leite fraco, ele tem aparência mais aguada, pois cada animal tem o leite para sua espécie, o leite da vaca tem consistência para o bezerro, o ser humano tem para seu bebê. O que pode ocorrer é pouca produção de leite, isso ocorre devido a falta de uso, “tudo o que não usa, atrofia”, por isso é necessário observar como está a pega do bebe no mamilo, se estiver incorreto, vai machucar a mãe e não vai sair leite, observar se a mãe realmente quer amamentar, quanto mais amamentar, mais produzirá leite materno.

* A cerveja preta produz mais leite – é verdade, o que ocorre é que a cerveja acalma a mãe e o nível de ansiedade, nervosismo diminui e o fluxo do leite aumenta, mas isso ocorre com qualquer bebida alcoólica, isso não significa que a mãe deve tomar bebida alcoólica, pelo contrario, a bebida deve ser evitada ao máximo possível, o ideal é a mãe conseguir manter sua ansiedade e nervosismo baixo através de outros meios (conversas, passeios) e automaticamente o leite surgirá com mais facilidade.

* Oferecer 15 minutos de cada mama durante a amamentação– o ideal é oferecer uma mama a cada mamada, trocando de mama apenas na próxima mamada. O aleitamento materno passa por determinadas fases, primeiro ele é aguado para cessar sua sede, depois todas as proteínas e vitaminas e por último é a gordura, onde mata a fome e o bebê engorda, por isso devemos obedecer cada mamada completa.

* Não posso tomar água durante a amamentação, pois o leite ficará aguado – isso não é verdade, a mãe deve tomar água sempre que sentir necessidade, água só faz bem para a saúde.

O mais importante é a relação harmoniosa entre mãe e filho, é durante a amamentação que o elo se fortifica.

Se você está grávida ou teve seu filho e tem muitas dúvidas sobre este assunto, procure um profissional na área de amamentação para que ele possa esclarecê-las...

RENATA MUNIZ
CRFa 15565

quinta-feira, 29 de março de 2012

A CRIANÇA COM PERDA AUDITIVA, E AGORA?

A perda auditiva pode causar algumas limitações e por isso é muito importante conhecermos as causas e, conseqüentemente quais são os meios de se evitá-la.
As causas da deficiência podem ser Pré-natais, Peri -natais, e após o parto, explicarei cada uma delas para o melhor entendimento do assunto, as causas pré-natais, ou seja são adquirida durante a gestação como por exemplo: desordem genética, consangüinidade, uso de remédios, drogas ilícitas, desnutrição ou carência alimentar pela mãe, hipertensão ou diabetes durante a gestação, condições relacionadas ao fator RH e à exposição a radiação. As causas peri natais, que são adquiridas durante o parto como: anoxia, parto fórceps, pré ou pós maturidade. Além disso, podem ocorrer também perdas auditivas após o parto e as causas variam como, por exemplo: infecções do tipo meningite, sarampo, sífilis adquirida, caxumba, entre outras, também ao abuso da exposição ao som muito alto, uso de medicamentos ototóxicos em excesso e traumatismo craniano.
Mediante as causas da perda auditiva, fica clara a importância dos cuidados com nossa audição, e isso implica primeiramente na prevenção, incluindo as campanhas de vacinação nas mulheres contra a rubéola, exames pré-natais, e vacinação infantil contra as doenças infecciosas como catapora, meningite, sarampo etc.
Algumas providências devem ser tomadas mediante ao diagnóstico da perda auditiva, e uma delas é o atendimento infantil especializado.
Os estudos mostram que quanto mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor é o  desenvolvimento de fala e linguagem, podendo desenvolve-la mais próxima de uma criança sem perda auditiva.
Para o tratamento ideal, é necessário o conhecimento do grau da perda auditiva (leve, moderada, severa), e assim estabelecer tais atendimentos que normalmente são multidisciplinares envolvendo, pediatras, neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e outros que se fizerem necessários.
De modo geral, todas as crianças com perda auditiva precisam ter uma boa relação entre seus os pais, os educadores e os profissionais da área da saúde, permitindo assim que sua vida se aproxime do mais normal possível.
E lembre-se, a perda auditiva é apenas uma diferença e não a característica principal da criança, por isso, o respeito e a aceitação das características individuais devem estar presentes em cada ser humano.


 RENATA MUNIZ