quinta-feira, 6 de outubro de 2011

DESORDEM DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL

Muitas pessoas não sabem o significado da palavra desordem do processamento auditivo central,  na maioria das vezes, os adultos acreditam  que está relacionado com perda auditiva, e isso não é verdade, uma desordem de processamento auditivo é resultado da falta de compreensão do que foi falado (o cérebro não consegue interpretar o que está sendo dito), mas não por falta de audição, em outras palavras, a criança escuta perfeitamente mas não compreende, basta lhe pedir para executar duas ou mais tarefas que esta criança pode se perder e na maioria das vezes não consegue realizar tal ordem, precisando sempre de ajuda.
Algumas das manifestações que a desordem do Processamento Auditivo Central apresenta são:
·                    Dificuldade de compreensão, as crianças não compreendem o que lê;
·                    Atraso de Linguagem;
·                    Problemas de produção de fala envolvendo os sons /r/ e /l/;
·                    Na escrita pode haver inversões ou trocas de letras;
·                    Problemas de orientação direita e esquerda (muitas vezes escrevem em espelho);
·                    Atenção ao som prejudicada;  
·                    Indivíduos distraídos, agitados, hiperativos ou muito quietos;
 Antes de realizar a avaliação do PAC, é necessária a realização da audiometria completa e recente (até 3 meses), na audiometria os níveis de audição apresenta normalidade  e teste vocal coerente, sem alteração.
O exame é totalmente indolor, depende da colaboração do paciente e é realizado dentro da cabina acústica com fones de ouvido. O paciente escutará as ordens verbais pelo fone de ouvido e irá executar a tarefa oralmente ou por gestos apontando para a figura ou palavra.
A criança deve ter 4 anos ou mais de idade, os critérios observados são: detecção e discriminação do som, reconhecimento, localização da fonte sonora e compreensão do som. Todos ligados às funções cerebrais, como: atenção e memória.

O que também pode acabar prejudicando o desenvolvimento normal do processamento auditivo pode ser :
 PERDA AUDITIVA nos primeiros anos de vida, em conseqüência a algum traumatismo craniano, ou uma doença adquirida logo na infância;
OTITES DE REPETIÇÃO, pois se o ouvido tem secreção a criança escuta mal e o cérebro tem dificuldade de processar, e mesmo quando fica sem a secreção do ouvido, o cérebro também tem tal dificuldade, por falta de estímulo;
ENXAQUECA e DISTÚRBIO DE SONO.
O tratamento fonoaudiológico da desordem do Processamento Auditivo Central varia de caso para caso, estimulando o que o Fonoaudiólogo julgar necessário como: consciência fonológica, leitura, memória seqüencial para sons verbais e não verbais e análise síntese.

RENATA MUNIZ

MATERIAIS DE APOIO: