quarta-feira, 24 de julho de 2013

QUANDO SE PREOCUPAR COM O DESENVOLVIMENTO DA FALA E LINGUAGEM DE SEU FILHO.



Assim que a mamãe descobre que está grávida, sua vida muda e suas preocupações são outras, focando principalmente no seu filho, ficando atenta nas alterações desde a sua formação intra-uterina até o desenvolvimento motor, oral, fala e linguagem.
Inicialmente precisamos saber a diferença entre fala e linguagem, a fala é apenas a expressão verbal da linguagem, envolvendo a articulação dos sons para a produção de palavras.
A linguagem é muito mais do que falar, ela é mais ampla, é toda forma de expressão e recepção de informação. Consiste em compreender e ser compreendido seja pela forma verbal, não verbal e escrita.
Inicialmente, nenhum bebê consegue falar, então, sua ferramenta inicial para a comunicação se torna o choro, é a partir dele, que a mamãe distingue a necessidade de seu filho, seja por fome, frio, ou carinho, além disso, ocorre um entrosamento através da linguagem corporal, do toque, da voz, do sorriso e dos olhares, estimulando a criança para a comunicação.
Desde pequenos os bebês se interessam por tudo o que é novo, por isso, é importante o adulto ler livros com ilustrações grandes e coloridas, mudar a entonação da voz, cantarolar, conversar explicando de maneira simples todos os acontecimentos, mostrar e nomear objetos grandes, coloridos, mostrar temperaturas e texturas diferentes, apontar para as partes do corpo e exigir que repita (apontando e/ou falando).
O desenvolvimento da linguagem pode variar de criança pra criança, claro, cada um tem seu tempo para amadurecer e desenvolver, mas, a diferença não pode ser tão grande de uma idade pra outra.
·         0 a 6 semanas: Os sons são primitivos, o choro são diferenciados (fome, frio, sujo, carinho), assusta-se com facilidade e aquieta-se com o som da voz, principalmente a voz da mãe.
·         3 meses: Inicia-se o balbucio, vira-se para a fonte sonora, tem mais atenção aos objetos e fatos do ambiente.
·         6 meses: Faz vocalizações generalizadas (dudada), observa sua mão, reage a seu nome, responde à entonação da voz.
·         9 meses: Transfere um objeto de uma mão a outra, entende pedidos simples com dicas de gestos (dê Tchau, Não), tenta imitar sons.
·         12 meses: Entende muitas palavras familiares e ordem simples com gestos (Vem com o Papai), vocaliza quando manipula objetos, brinca de esconde- esconde, fala sílabas repetidamente (papa, mama, dada),
·         18 meses: Conhece algumas partes do corpo, procura e encontra objetos perdidos (tem que estar no seu alcance), brincadeira simbólica com miniaturas, reconhece seu nome (até então apenas reagia, agora ele reconhece), começa a combinar palavras (dá papa).
·         24 meses (2 anos): Tem vocabulário de cerca de 150 palavras, combinando de 2 a 3 palavras, escuta bem, discrimina vários sons, reconhece figuras, imita sons com mais precisão, responde Sim/Não.
·         30 meses (2 anos e meio): Entende os primeiros verbos, executa tarefa bem simples (coloque o carro grande na caixa)
·         36 meses (3 anos): Reconhece cores e suas frases são mais elaboradas.
·         48 meses (4 anos): compreende de 1.500 a 2.000 palavras, formula frases, faz perguntas, usa negação, fala de acontecimentos passados, aprende conceitos abstratos (liso, áspero, mole).

Quanto aos sons ideais para a idade:
·         Aos 4 anos: a criança adquire os sons do p; b; t; d; k; g; f; v; s; z; x; j; L e LH.
·         Até 5, 6 anos: a criança adquire os sons de R (Rato, Carro), r (pirata, careta), Gr consonantal  r , L (prato, branco, bloco, clube), arq s, r ( pasta, costas, porta, corte)

Vale lembrar que todas as crianças têm seu tempo ideal para amadurecer, portanto se a criança ainda não está no cronograma ideal não se preocupem, algumas dicas podem ajudar: primeiramente aguarde um pouco mais, muitas vezes a criança demora um pouquinho e isso é normal (caso não melhorar logo procure um fonoaudiólogo), fale diretamente com a criança, olhando em seus olhos e explicando qualquer dúvida que possa ter, não fale pela criança, deixe que ela possa responder em seu tempo e na sua maneira, respeitando sempre o desejo de falar.
Com relação aos hábitos orais, há uma atenção maior quando a mamadeira, chupeta, dedo influenciou na arcada dentaria, prejudicando o ponto articulatório da criança, então, haverá necessidade de outros profissionais para uso de aparelho e tratamento correto (por exemplo, a criança com mordida aberta pode não conseguir segurar sua língua dentro da boca, projetando-a para frente e alterando a pronuncia de determinados sons).

Caso a criança apresente mesmo algum tipo de alteração, procure um especialista a fim de esclarecer as dúvidas, recebendo orientação adequada e consciente que, quanto mais cedo corrigir, melhor é o desempenho principalmente na fase de alfabetização.

Fga. Renata Muniz
CRFa 15565


quarta-feira, 8 de maio de 2013

PRIMEIROS DENTINHOS ESTÃO NASCENDO... E AGORA?



A idade média do surgimento dos primeiros dentinhos é por volta dos 6 a 7 meses e se completa por volta dos 2 a 3 anos de idade, porém, pode ocorrer alguma demora e isso é considerado normal, a preocupação deve ocorrer se não houver sinal dos dentinhos  até 1 ano e meio, daí então é necessário procurar um especialista. Há alguns casos em que a criança já nasce com um dentinho, ou o desenvolve logo nas primeiras semanas de vida, este dentinho é chamado de dente neonatal e é comum ocorrer, mas requer atenção, de primeiro momento precisa observar se não está machucando a língua do bebê e o seio da mãe na hora da amamentação, se estiver ocorrendo isso, um especialista deve fazer um polimento para evitar tal machucado, agora, se o dentinho estiver mole a criança pode aspirá-lo, então um odontopediatra pode extraí-lo e no tempo ideal outro dentinho irá nascer.  ATENÇÃO: A MAMÃE NÃO PODE RETIRAR O DENTINHO NEONATAL EM CASA.
A função principal dos dentinhos de leite é de servir como guia para a dentição permanente, além de auxiliar na mastigação e desenvolvimento da fala.
Os primeiros dentes que surgem são os incisivos centrais inferiores, logo em seguida são os incisivos centrais superiores e aos 3 anos, a criança tem ao todo 20 dentes na arcada dentária, 10 dentes superiores e 10 dentes inferiores.
Juntamente com o nascimento dos dentes de leite, os bebês começam a se sentar sozinho e explorar o ambiente com as próprias mãos, daí, há curiosidade em levar até a boca tudo o que consegue pegar, com isso, todas as impurezas do ambiente são transportadas para dentro do organismo do bebê ocasionando estados febris, vômitos e diarréias.
O mais difícil para as mamães nessa fase dos primeiros dentinhos, é o comportamento da criança, pois elas ficam irritadas com muita facilidade, afinal de contas, a pressão dos dentes na gengiva provoca coceira e dor, a gengiva fica abaulada e esbranquiçada, há o aumento da salivação devido ao amadurecimento das glândulas salivares e o bebê não consegue deglutir tudo o que é necessário, além disso, o sono também fica alterado devido a todos esses sintomas mencionados.
Nessa época, as crianças sentem necessidade mastigar, morder e uma grande ajuda para as mamães são os mordedores, principalmente os mordedores que vão à geladeira, pois, a temperatura gelada provoca alívio do desconforto, a massagem também é bem vinda, basta deixar a mão bem limpa e massagear toda a gengiva da criança. Se a criança utiliza chupeta, ela sentirá muita necessidade em chupá-la e mordê-la, então, é preciso observar o grau da necessidade e tomar cuidado para que não prejudique no desenvolvimento e crescimento de seus dentes, visto que assim que tais dentinhos surgirem, não há mais necessidade de usar mordedores, tal uso poderá prejudicar ao invés de ajudar, e as consequências são várias, pois o uso prolongado dos hábitos orais, seja qual for (chupeta, mamadeira, dedo, mordedores), pode influenciar no desenvolvimento da fala, alterando o tônus da língua, posicionamento correto dos dentes e articulação. Assim sendo, todas as mamães devem ponderar seu uso (hábitos orais), oferecendo quando for necessário, a fim de suprir as necessidades dos bebês e retirando assim que possível para não haver dependência de tais hábitos causando prejuízos em sua fala.
Qualquer dúvida procure um profissional nesta área para receber as orientações adequadas.


Fga. Renata Muniz
CRFa 15565




quarta-feira, 24 de abril de 2013

USAR OU NÃO USAR O FONE DE OUVIDO? EIS A QUESTÃO!



               Atualmente, os jovens estão muito habituados a utilizar MP3 player, MP4 player e similares na qual necessitam usar fones de ouvido, porém, o volume e o tempo de exposição é que vai determinar o risco da utilização destes aparelhos, o volume ideal é em torno da metade do volume máximo (até 60 decibéis), com isso, as pessoas conseguem relaxar nos momentos de estresse como no trabalho ou mesmo aumentar o pique na hora da malhação, automaticamente, se o volume exceder e chegar a 115-120 decibéis que é o volume máximo, as consequências podem ser graves e irreversíveis, para exemplificar melhor e mais fácil, o som da turbina de avião durante a decolagem é de 115-120 decibéis, já o som da conversa normal é de 60 decibéis.
              Um teste fácil para saber se o volume do seu fone está alto, basta perguntar para a pessoa do seu lado se ela consegue ouvir a música que está tocando no seu fone, se ela disser que está ouvindo é porque o volume está alto e precisa ser diminuído.
             Com relação ao modelo do fone de ouvido, não há diferença, tanto de inserção (dentro do ouvido), quanto de concha (fora do ouvido), são prejudiciais e auxiliam na perda auditiva. Atenção redobrada ao uso desses fones em idosos e crianças, eles devem evitar o uso o máximo possível.
             Nosso ouvido é divido em orelha externa, média e interna, o som que se propaga atravessa o canal auditivo, vibra o tímpano, desencadeia os ossículos que estimulam as células ciliadas que estão dentro da cóclea, enviam as informações ao cérebro e decodificando o som, quando a exposição ao ruído é muito intensa e duradoura, ocorre a lesão destas células na cóclea e não há tratamento, ou seja, lesionando as células, as informações ao cérebro não são transmitidas perfeitamente, e a audição fica comprometida ocorrendo assim uma perda auditiva, tal perda é irreversível, não existe medicamento ou terapia na qual a audição volta ao normal, o que existe são os aparelhos auditivos, na qual aumenta o volume do som ao redor, mas ao tirá-lo da orelha a perda continua a mesma.
 O primeiro sinal de perda auditiva é deixar de ouvir sons agudos como o canto dos pássaros ou não entender conversas em ambientes com ruídos de fundo.
             Claro que quando falamos em ruído, não podemos esquecer as profissões que exigem exposição aos sons ao longo do dia, tal exposição prejudica a audição tanto quanto o uso dos fones de ouvido, neste caso, há necessidade em usar protetores auditivos para evitar as mesmas lesões ocasionadas, pelo ruído intenso e duradouro.


Intensidade dos sons em decibéis
SUSSURRO  ...........................15 decibéis
CONVERSA NORMAL............ 60 decibéis
BUZINA DE CARRO ...............110 decibéis
SHOW DE ROCK ....................120 decibéis
TIRO OU ROJÃO ....................140 decibéis

            Portanto, a utilização do fone de ouvido pode ser feito de maneira consciente, a fim de propiciar um lazer, ouvindo aquela musica agradável e lembrando-se de ouvir sempre no volume adequado para evitar a perda auditiva, que é irreversível.


Fga RENATA MUNIZ
CRFa 15565

quinta-feira, 19 de julho de 2012

VANTAGENS E DESVANTAGENS NO USO DE MAMADEIRA E CHUPETA!

Seu filho nasceu e o processo de adaptação entre mãe e filho parece interminável, isso realmente ocorre devido à maturação da criança, cada período requer atenção e cuidados ao longo dos anos.
Uma questão que sempre está presente e é de extrema importância para o desenvolvimento do sistema oral da criança é quanto ao uso de mamadeiras e chupetas. Inicialmente o bebê sente uma necessidade enorme em sugar, principalmente no primeiro ano de vida, mas isso não significa que a chupeta seja essencial.
Muitas vezes, a criança é inquieta e apresenta grau de irritabilidade elevado, daí então, fica uma dica a fim de melhorar esta situação, a mãe desta criança pode deixá-la chupetear um pouco mais seu seio para saciar sua necessidade de sucção.
O uso da chupeta em questão não é tão maléfico, há alguns benefícios como, por exemplo, estimulação da musculatura oral; com o uso da chupeta a língua não fecha as vias aéreas posterior; além de manter a criança em estado de alerta; Além disso, é através da boca que o bebê explora o mundo, esta fase se chama sensório-motora, pega um objeto e coloca em sua boca, e mais, a chupeta é uma forte aliada contra a ansiedade. Porém, a melhor escolha da chupeta é pelo bico ortodôntico, da qual o bico é achatado e voltado para o céu da boca, permitindo o posicionamento correto da língua, os lábios podem ser tocados e não empurra os dentes superiores, enquanto, o bico tradicional de “bolinha”, faz com que a língua fique rebaixada, a boca entreaberta, causando prejuízos musculares, na fonação e na oclusão (em relação aos dentes).
O ideal é usar a chupeta até dois anos e meio de idade no máximo, visto que até então seu uso deve ser exclusivo no período noturno, e assim que a criança pega no sono a mãe pode retirá-la de sua boca, e também não permitir o uso durante o dia, pois o uso prolongado pode causar prejuízos como enfraquecimento da musculatura da face, alteração na arcada dentária, respiração bocal (o correto é respiração nasal), e principalmente, a chupeta pode incentivar o desmame precoce, já que pode se acostumar com a sucção não nutritiva.
Em relação à mamadeira, como diz o ditado: MAIS VALE UMA MAMADEIRA FELIZ DO QUE UM SEIO ESTRESSADO, isso realmente é válido, embora, todas as mães conhecem os benefícios do aleitamento materno, infelizmente há algumas mães que não conseguem amamentar em seu peito, ou por falta de leite ou por falta de adaptação. Assim sendo, há algumas vantagens em utilizar a mamadeira, tanto com o leite materno em que a mãe armazena seu leite para poder trabalhar, por exemplo, como usando o leite industrializado. As vantagens são muitas como na divisão das responsabilidades com o pai, muitas vezes o pai pode sentir enorme prazer em poder dar mamadeira para seu filho; além disso, a mãe pode se sentir mais livre, sem se preocupar em trabalhar e abandonar seu filho, ou deixar com alguém que pode oferecer a mamadeira; a mãe consegue dormir um pouco mais, já que outra pessoa pode dar o leite; e não existe frustração em publico, muitas mães se sentem desconfortáveis em tirar seu seio em publico para amamentar.
Porém, há algumas desvantagens também, quando compramos a mamadeira, ela vem com o furo determinado, e o que muitas vezes ocorre? A mãe corta o bico aumentando seu tamanho para o leite sair mais rápido e o bebê não precisa fazer tanta força... Esta é uma atitude incorreta, pois o bebê faz muito esforço para mamar no seio e não seria diferente na mamadeira, seu esforço é ideal no desenvolvimento da face e se o furo estiver maior, esse desenvolvimento fica alterado, além disso, a criança pode ter a necessidade nutricional suprida, mas, fica difícil suprir a necessidade de sucção, ocorrendo assim, sucção descontrolada em suas mãos, depois polegar.
A título de curiosidade, a posição correta para dar mamadeira é em pé (ereta), pois a tuba auditiva tem posição horizontal e tal posição evita o escoamento de leite para o ouvido, evitando otites de repetição.

A relação entre a mãe e seu filho deve ser o mais prazeroso possível, e isso não requer uma ordem correta, cada mãe possui sua experiência diária e consegue discernir o que é melhor para seu filho, a amamentação deve ser primordial, mas se por algum motivo essa experiência foi frustrada, o melhor é se reajustar e se adaptar corretamente com seu filho.

Não podemos perder o bom senso, se seu filho estiver com dificuldades para se desligar da mamadeira e/ou chupeta, procure um profissional nesta área, ele pode orientar uma situação de desligamento sem constrangimento para a mãe e para o filho.


Fga Renata Muniz
CRFa 15565

domingo, 29 de abril de 2012

PORQUE AMAMENTAR???


Uma das etapas pela qual a maioria das mulheres passa é a gravidez, neste período é muito importante a futura mamãe ler e aprender sobre a amamentação, pois, o que ocorre muitas vezes, é a desistência de amamentar por falta de prática, de conhecimento e de apoio.

Atenção: não existe leite fraco. Todas as mães produzem leite materno suficiente para seu filho, a sua composição é feita de vitaminas, água, proteínas, gordura, açúcar e o mais importante, ele contém anticorpos e glóbulos brancos cujo leite em pó não possui.
O leite materno protege o bebê contra vômitos e diarréia, otites, meningite, alergias e infecções variadas.
Além disso, ele oferece vantagens para o bebê como, por exemplo, no desenvolvimento oral da criança, proporcionando um equilíbrio entre arcada dentária e língua, aumenta a ligação afetiva entre mãe e filho, etc, também oferece vantagens para a mãe como, por exemplo, na amamentação ocorre perda de calorias facilitando a voltar ao peso antes de engravidar, o útero volta ao seu tamanho normal rapidamente, e a praticidade acima de tudo, afinal, não precisa lavar mamadeira, esquentar o leite, ele já está pronto! E finalizando, o aleitamento materno também oferece vantagens para a família como, por exemplo, financeiramente, colocando na ponta do lápis os gastos de latas em pó durante o mês, observamos grande economia se for alimentado com o leite materno.

Vale lembrar que: o bebê que se alimenta no seio materno estimula: a respiração nasal, os músculos que participam da fala, e as funções responsáveis pela sucção, mastigação, e deglutição.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso exclusivo da amamentação até os seis meses de idade, depois disso, acrescenta-se bebidas e comidas e mantém o leite materno até pelo menos dois anos.

Entretanto, se o bebê for prematuro, pode ocorrer a falta de maturidade para sucção e consequentemente resultará na dificuldade de amamentar, aqui a presença de um(a) fonoaudiólogo(a) pode auxiliar nesta etapa, estimulando o bebê e orientando a mamãe.

Descreverei alguns dos vários mitos sobre a amamentação:
*Meu leite é fraco – como já relatei anteriormente, não existe leite fraco, ele tem aparência mais aguada, pois cada animal tem o leite para sua espécie, o leite da vaca tem consistência para o bezerro, o ser humano tem para seu bebê. O que pode ocorrer é pouca produção de leite, isso ocorre devido a falta de uso, “tudo o que não usa, atrofia”, por isso é necessário observar como está a pega do bebe no mamilo, se estiver incorreto, vai machucar a mãe e não vai sair leite, observar se a mãe realmente quer amamentar, quanto mais amamentar, mais produzirá leite materno.

* A cerveja preta produz mais leite – é verdade, o que ocorre é que a cerveja acalma a mãe e o nível de ansiedade, nervosismo diminui e o fluxo do leite aumenta, mas isso ocorre com qualquer bebida alcoólica, isso não significa que a mãe deve tomar bebida alcoólica, pelo contrario, a bebida deve ser evitada ao máximo possível, o ideal é a mãe conseguir manter sua ansiedade e nervosismo baixo através de outros meios (conversas, passeios) e automaticamente o leite surgirá com mais facilidade.

* Oferecer 15 minutos de cada mama durante a amamentação– o ideal é oferecer uma mama a cada mamada, trocando de mama apenas na próxima mamada. O aleitamento materno passa por determinadas fases, primeiro ele é aguado para cessar sua sede, depois todas as proteínas e vitaminas e por último é a gordura, onde mata a fome e o bebê engorda, por isso devemos obedecer cada mamada completa.

* Não posso tomar água durante a amamentação, pois o leite ficará aguado – isso não é verdade, a mãe deve tomar água sempre que sentir necessidade, água só faz bem para a saúde.

O mais importante é a relação harmoniosa entre mãe e filho, é durante a amamentação que o elo se fortifica.

Se você está grávida ou teve seu filho e tem muitas dúvidas sobre este assunto, procure um profissional na área de amamentação para que ele possa esclarecê-las...

RENATA MUNIZ
CRFa 15565

quinta-feira, 29 de março de 2012

A CRIANÇA COM PERDA AUDITIVA, E AGORA?

A perda auditiva pode causar algumas limitações e por isso é muito importante conhecermos as causas e, conseqüentemente quais são os meios de se evitá-la.
As causas da deficiência podem ser Pré-natais, Peri -natais, e após o parto, explicarei cada uma delas para o melhor entendimento do assunto, as causas pré-natais, ou seja são adquirida durante a gestação como por exemplo: desordem genética, consangüinidade, uso de remédios, drogas ilícitas, desnutrição ou carência alimentar pela mãe, hipertensão ou diabetes durante a gestação, condições relacionadas ao fator RH e à exposição a radiação. As causas peri natais, que são adquiridas durante o parto como: anoxia, parto fórceps, pré ou pós maturidade. Além disso, podem ocorrer também perdas auditivas após o parto e as causas variam como, por exemplo: infecções do tipo meningite, sarampo, sífilis adquirida, caxumba, entre outras, também ao abuso da exposição ao som muito alto, uso de medicamentos ototóxicos em excesso e traumatismo craniano.
Mediante as causas da perda auditiva, fica clara a importância dos cuidados com nossa audição, e isso implica primeiramente na prevenção, incluindo as campanhas de vacinação nas mulheres contra a rubéola, exames pré-natais, e vacinação infantil contra as doenças infecciosas como catapora, meningite, sarampo etc.
Algumas providências devem ser tomadas mediante ao diagnóstico da perda auditiva, e uma delas é o atendimento infantil especializado.
Os estudos mostram que quanto mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor é o  desenvolvimento de fala e linguagem, podendo desenvolve-la mais próxima de uma criança sem perda auditiva.
Para o tratamento ideal, é necessário o conhecimento do grau da perda auditiva (leve, moderada, severa), e assim estabelecer tais atendimentos que normalmente são multidisciplinares envolvendo, pediatras, neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e outros que se fizerem necessários.
De modo geral, todas as crianças com perda auditiva precisam ter uma boa relação entre seus os pais, os educadores e os profissionais da área da saúde, permitindo assim que sua vida se aproxime do mais normal possível.
E lembre-se, a perda auditiva é apenas uma diferença e não a característica principal da criança, por isso, o respeito e a aceitação das características individuais devem estar presentes em cada ser humano.


 RENATA MUNIZ

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

DISLEXIA

Devido à falta de conhecimento sobre a definição do que é Dislexia, o mundo tem tantas informações, que confunde e desinforma. Além disso, a mídia no Brasil aborda este tema parcialmente ou incorretamente.
Muitas vezes nos deparamos com crianças que apresentam algumas dificuldades como, por exemplo: em aprender a ler, na Soletração, na Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social, porém são crianças saudáveis, inteligentes e com nível cultural adequado. A dislexia não é uma incapacidade e sim uma dificuldade a ser vencida, desta forma, é muito importante o diagnóstico precoce, a fim de amenizar problemas e dificuldades complexas no futuro.
Infelizmente, convivemos com o antigo conceito arcaico de que: “quem é bom, é bom em tudo”, ou seja, se há inteligência obrigatoriamente há habilidade em tudo o que faz, e isso nem sempre é verdade sendo necessária uma percepção peculiar e aplicação do bom senso.
OS SINTOMAS MAIS COMUNS NA PRIMEIRA INFÂNCIA:
1 - atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 - atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras;
3 - parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;
4 - distúrbios do sono;
5 - enurese noturna;
6 - suscetibilidade à alergias e à infecções;
7 - tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
8 - chora muito e parece inquieta ou agitada com muita freqüência;
9 - dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 - dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
A PARTIR DOS SETE ANOS
1-Apresentam duas características marcantes podendo ser extremamente lento, ou muito rápido e com erros na execução de seus deveres.
2-tem letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
a fluência em leitura é inadequada para a idade;
3-inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;
4-só faz leitura silenciosa, mas só entende a leitura quando lê em voz alta;
5-sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;
6-esquece aquilo que aprende em poucas horas, dias ou semanas;
7-facilidade com exames orais;
8-mais  facilidade em escrever, do que falar aquilo que sabe;
9-tem grande imaginação e criatividade, mas se desliga facilmente;
10-tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova;
11-dificuldade na concentração de um só estimulo;
12-baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;
13-perde-se facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus pertences;
14-bipolaridade, impulsivo a ponto de interromper os demais para falar;
15-não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala;
16-tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos;
17-embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola;
 18-confunde direita-esquerda, em cima-em baixo; na frente-atrás;
19-é comum apresentar lateralidade cruzada;
20-dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do ano;
21-depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;
22- boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;
23-pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas;
24-pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;
25-não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;
26-pode estar sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como "palhaço" ;
27-tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;
28-tolerância muito alta ou muito baixa à dor;
29-forte senso de justiça;
30-dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;
31-manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos disléxicos;
32-com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído;
33-cerca de 80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.

Como a dificuldade de discriminação fonológica é acentuada, a alteração da pronuncia das palavras são freqüentes, resultado da falta de percepção dos sons das letras e das sílabas, porém essas crianças têm um alto nível de inteligência entendendo tudo o que lhe é dito, como é relatado pelas próprias mães, pois sua memória auditiva é excelente.

NA FASE ADULTA

Se a criança disléxica não tiver um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, quando for adulto, ainda apresentará dificuldade na escrita; memória imediata prejudicada; dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; disnomia (dificuldade em nomear objetos e pessoas); dificuldade com direita e esquerda; dificuldade em organização; problemas emocionais como depressão, ansiedade, baixa auto-estima e muitas vezes usam drogas e álcool.

O diagnóstico é feito por uma equipe multidisciplinar composto por psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos que realizam uma minuciosa investigação e constatam a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso.

Precisamos nos lembrar que descartamos as disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais e déficit intelectual.

Para conseguir um resultado excelente no tratamento da dislexia, há necessidade de trocas de experiências em relação aos procedimentos realizados entre o profissional, a escola e a família.

Um ponto de apoio para os portadores de dislexia, é a ABD – Associação Brasileira de Dislexia.
O que a ABD oferece?
- Orientação direcionada a cada caso.
-Atendimento a pais, familiares, escolas, profissionais clínicos, imprensa, órgãos públicos e toda a comunidade.
-Curso de Formação em Dislexia, dirigido a profissionais, que ocorre anualmente focando  a questão  multidisciplinar e abordando os seguintes temas: Evolução do ser humano, ----Avaliação, Diagnóstico e Acompanhamento pós-diagnóstico e Inclusão do Disléxico na escola num total de 84 horas/aulas.
-Simpósio Internacional – Dislexia, Cognição e Aprendizagem, a cada dois anos.
-Encontros com disléxicos e reunião com pais.
-Palestras em Escolas, Faculdades, Comunidades, Clínicas, etc.
-Palestras diversificadas conforme áreas de interesse.
-CAE - Centro de Avaliação e Encaminhamento.
-Diagnóstico multidisciplinar de Exclusão.
-Encaminhamento adequado a cada caso atendido.
-Biblioteca para consulta.
-Acesso a livros selecionados e materiais relacionados com distúrbios de aprendizagem.
-Desenvolvimento de pesquisas cientificas e estudos quanto à incidência e forma da dislexia no Brasil.

RENATA MUNIZ


Material de apoio
http://www.dislexia.com.br/